terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Ultimas TO: Mais de 10 toneladas de remédios e insumos são descartados em Palmas


ais de 10 toneladas de remédios e insumos que não foram utilizados e que estão com a data de validade vencida serão destruídos em Palmas. O material estava no estoque regulador do estado e foi levado para a sede de uma empresa incineradora. São analgésicos, antibióticos e anestésicos sem utilidade. O novo secretário de Saúde do Tocantins, Samuel Bonilha, foi até o estoque nesta segunda-feira (5) fazer a primeira visita desde que assumiu a gestão para saber como os medicamentos estão armazenados.
 No local foram encontradas caixas empilhadas com ataduras, catéteres, bolsas para coleta de urina do lado de fora protegidos apenas com uma lona. Apesar de estes materias não estarem vencidos, estão sendo guardados de forma incorreta. "Como você armazena um equipamento, um material que vai para dentro de um centro cirúrgico? Um material que vai ter contato com a pele dentro de um hospital e que está abandonado desse jeito, apenas coberto com uma lona, pegando sol, chuva. São materiais inservíveis", argumentou o secretário.
Dentro do estoque, materiais hospitalares empilhados um sobre o outro, alguns no chão, com embalagens rasgadas. A compra sem critério criou um carregamento de esparadrapos suficiente para quatro anos de uso no Hospital Geral de Palmas, o principal do Tocantins. No estoque regulador, também é possível ver pacotes de fraldas amontoados.
Milhares de remédios vão vencer nos próximos meses e naõ serão usados, diz secretário de Saúde (Foto: Dinaredes Parente/TV Anhanguera)
O cenário de descuido é difícil de explicar para quem precisa dos materiais. O técnico de laboratório, Carlos Augusto, teve que comprar fraudas porque o hospital não ofereceu. "Todos os pacientes que estão internados na sala de emergência têm de sair para comprar fraudas porque não tem".
Segundo Bonilha, nos próximos meses vai vencer em torno de R$ 1,2 milhão de medicamentos. O ex-secretário de saúde, Márcio de Carvalho, confirmou que alguns produtos foram comprados além do necessários e que tentou distribuir aos hospitais antes do vencimento. Ele disse que desconhecia a forma como esses produtos estavam sendo armazenados.
Materiais vencidos chamam a atenção no estoque regulador do Estado (Foto: Dinaredes Parente/TV Anhanguera)

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